quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Entrevista Com o Presidente Nacional do PRB

Dr. Marcos Pereira - Pres. Nacional do PRB

Nesta entrevista, o presidente nacional do Partido Republicano Brasileiro, Marcos Pereira, faz uma análise dos seus primeiros oito meses à frente do cargo, relatando as muitas conquistas. O dirigente também apresenta planos para 2012 e avalia a atuação das militâncias e das bancadas. Marcos Pereira promete visitar todos os estados brasileiros, acompanhando de perto o desempenho do partido em todas as unidades da federação. O presidente também fala sobre identidade do PRB.

1) Como o senhor avalia os seus oito meses na Presidência do PRB?
Marcos Pereira – É extremamente difícil você avaliar a si próprio. Essa resposta eu deixo para os nossos companheiros republicanos de todo o Brasil, que têm acompanhado o nosso trabalho ao longo desses oito meses.

2) A suposta falta de uma experiência política atrapalhou ou, pelo contrário, a experiência na iniciativa privada colaborou para sua função?
Marcos Pereira – Eu acho que a experiência privada tem colaborado. Eu não tinha e ainda não tenho experiência política partidária, mas política todos nós fazemos, a todo momento.

3) Qual o grande desafio de uma legenda nova como o PRB?
Marcos Pereira – O grande desafio é se consolidar como uma legenda que realmente tem um diferencial e quer ser protagonista no cenário político.

4) Como o senhor avalia o papel das militâncias na formação e consolidação do partido?
Marcos Pereira – Sinceramente não estou muito satisfeito. As únicas que têm feito a diferença e vêm ajudando na consolidação do partido são o PRB Mulher e o PRB Jovem. As outras estão meio paradas. Mudar esse quadro é um desafio para este ano que se inicia.

5) E com respeito à participação da mulher no PRB, como tem sido? O partido já identificou mulheres líderes em nosso meio? Há possibilidades de elegermos mais republicanas em 2012?
Marcos Pereira – Eu tenho dado todo apoio ao PRB Mulher e em especial tenho aprovado todos os projetos que a deputada Rosangela Gomes (presidente nacional do PRB Mulher) me tem apresentado. Acho que vamos eleger muito mais mulheres em 2012, porque a Rosangela está fazendo um belíssimo trabalho, inclusive de capacitação e formação política.

6) Sua gestão é conhecida pelo “pé na estrada”. O senhor visitou vários estados e teve contato pessoal com as lideranças regionais do partido. Dá para mapear e ver onde o PRB está mais bem consolidado e onde ainda enfrenta mais dificuldades?
Marcos Pereira – Ainda não visitei todos os estados. Estive em mais de 15 capitais. Estou aguardando o convite das regionais em que não fui ainda. Quanto à análise, de consolidação e dificuldades, posso falar dos estados que visitei. Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Sul, Ceará, Maranhão, entre outros, são locais onde, me pareceu, o partido está mais bem estruturado. Por outro lado, meu estado natal, Espírito Santo, por questões já superadas, precisa melhorar. Santa Catarina está melhorando, mas quando a equipe que está à frente do partido assumiu o partido, a situação também era complicada e está sendo feito um trabalho para mudar a situação. Somos jovens e como jovens precisamos melhorar muito e em muitas coisas, porque a experiência somente se consegue com o passar dos tempos.

7) O ano foi marcado pela ausência de uma liderança política que, sem dúvida, engrandecia o partido: a do ex-vice-presidente José Alencar. Como superar essa ausência?
Marcos Pereira – O saudoso José Alencar deixou um legado muito importante para o partido e tem feito muita falta. A superação dessa ausência virá com o tempo e através de duas ações, a saber: a primeira delas é a filiação de outras lideranças, como fizemos em São Paulo, com o Celso Russomanno; em Ilhéus e Itabuna na Bahia, onde filiamos lideranças locais muito importantes e temos chances reais de ganhar as prefeituras; a segunda ação é formar e preparar novas lideranças porque as antigas passam e as novas precisam ser formadas. Vamos tentar fazer isso ao longo do primeiro semestre de 2012 porque o segundo semestre será corrido por causa das eleições.

8) Em seus contatos com lideranças políticas de outros partidos, o senhor avalia que elas já identificam o PRB como um parceiro, um adversário ou uma legenda a criar uma identidade?
Marcos Pereira – Existem as três situações. Depende do local e do cenário político. 

9) Qual seria essa identidade?
Marcos Pereira – As pessoas identificam o partido como sendo o partido do ex-vice-presidente José Alencar e como o partido da Igreja Universal do Reino de Deus, o que não é verdade, porque partido é partido e Igreja é Igreja. É lógico que temos excelentes políticos que são da Igreja Universal, como o senador Marcelo Crivella (RJ), os deputados Márcio Marinho (BA), Antônio Bulhões (SP), Vitor Paulo (RJ), entre outros, mas também temos, não menos excelentes políticos, que não são da Igreja, como os deputados Cléber Verde (MA), Acelino Popó (BA), Jhonatan de Jesus (RR), os vereadores Galba Novaes (AL) e Sabá (BA), entre outros. Logo, a identidade que temos que consolidar é a do partido que se preocupa e luta pelas causas do povo brasileiro. Não o partido de A, B ou C.

10) Como o senhor avalia a atuação da bancada do PRB na Câmara e no Senado?
Marcos Pereira – A nossa bancada no Congresso Nacional é atuante e comprometida com os interesses do povo brasileiro, especialmente do trabalhador. O PRB nunca votou contra o trabalhador.

11) E no Brasil, o senhor acredita que deputados estaduais, vereadores e prefeitos do PRB têm feito um bom trabalho no resgate dos princípios republicanos?
Marcos Pereira – Na sua grande maioria, sim. Não conheço todos porque o Brasil é um país de dimensões continentais, mas, em regra geral, eles têm feito um bom trabalho.

12) Quais são suas expectativas diante das próximas eleições?  O senhor acredita que as metas estabelecidas pela direção do partido serão cumpridas?
Marcos Pereira – Estou muito animado e acredito que as metas serão cumpridas, sim. São desafiadoras, mas possíveis, sobretudo com muito trabalho.

13) O PRB tem mostrado fidelidade ao governo. Apesar disso, a participação do PRB no governo não estaria aquém da capacidade do partido? Como impulsioná-la?
Marcos Pereira – A participação do PRB no governo federal é nenhuma. Agora, como impulsioná-la teria que ser perguntado ao pessoal do governo, porque já fizemos tudo o que poderíamos fazer e, até agora, nada.

14) Quais as grandes conquistas do PRB no ano de 2011?
Marcos Pereira – Conseguimos, através da nossa bancada no Senado e na Câmara Federal, aprovar muitos projetos que são do interesse do povo, como os do senador Marcelo Crivella (RJ) impedindo práticas que estimulem o aumento de velocidade por motoboys, o que salvará a vida de inúmeros desses profissionais; ou o que propõe subsídios para que farmácias vendam remédios a preço de custo para aposentados com doenças crônicas; os do deputado Cleber Verde (MA), como o que permite a desaposentação, uma vitória para os aposentados que retornam ou não deixaram o mercado de trabalho; e o que cria um fundo que permitirá a aquisição de embarcações e o aprimoramento dos pescadores artesanais. Isso sem contar as atuações nas câmaras municipais e assembleias estaduais, com leis como a que permite a vacinação residencial de idosos incapacitados de irem até um posto de saúde em Porto Alegre, de autoria do vereador Waldir Canal; a lei proposta pelo vereador Edilson Ferreira, em Lauro de Freitas (BA), que prevê a capacitação na linguagem brasileira dos sinais (LIBRAS) dos funcionários públicos que trabalhem diretamente no atendimento à população; a do deputado distrital Evandro Garla (DF), que institui a proibição da venda de lentes de contato sem prescrição médica, entre outros. Não posso esquecer ainda a atuação firme e coesa da bancada federal em apoio a projetos que resgatam a dignidade e promovem a melhoria das condições de vida para inúmeras categorias e segmentos da sociedade, como a anistia a bombeiros e policiais militares que protestaram por melhores condições de trabalho; a renegociação das dívidas dos pequenos produtores rurais, a luta antirracismo, o apoio incondicional a uma nova carga horária para enfermeiros e profissionais da saúde. Enfim, são inúmeros exemplos.

15) Depois de oito meses, para o senhor ser 10 hoje é...
Marcos Pereira – Ser 10 é ser comprometido com os interesses do povo e com a coisa pública, daí a origem da palavra República.

Marcos Pereira é o presidente nacional do PRB

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